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Por que uma boa ideia não é sinônimo de sucesso?

Seja muito bem-vindo(a) e, primeiramente, desculpe-nos se o título é um pouco preocupante.

Uma verdade seja dita, o brasileiro é um povo muito criativo e disso não há dúvidas, porém quantas das engenhocas ou ideias brilhantes que você já deve ter visto em vídeos do YouTube ou alguma rede social apareceram como best sellers?

A realidade é essa: Nem toda boa ideia acaba sendo um sucesso de mercado!

Todo mundo acredita que tem uma ideia mirabolante em algum momento e que essa ideia vai se transformar em alto faturamento de forma rápida e exponencial.

Nesses mais de 16 anos no mercado de tecnologia, nós atendemos muitas pessoas que nos procuraram com um “projeto mirabolante”, porém vender sonhos não é uma de nossas características e ao fazer um trabalho de análise, aplicando diversas técnicas como a do Design Thinking conseguimos mostrar ao cliente os principais aspectos concorrentes à ideia e então, como qualquer empreendedor, assume-se ou não um risco.

A garantia do sucesso não existe para ninguém, é importante entender que tudo depende de outros atributos que advém do escopo global e de que o cenário brasileiro passa por muitas turbulências.

Dados do SEBRAE mostram que em 2023 tivemos mais de 850 mil novas microempresas abertas e o levantamento do portal G1 mostrou que houve 427 mil empresas encerradas.

Em estudos realizados, observamos que uma parcela significativa das microempresas duram, no máximo, 5 anos.

Com isso podemos concluir que os remanescentes são as “estrelas” que conseguiram transformar o seu produto em um “sucesso” (mesmo que nichado).

Mas ainda não respondemos a pergunta: Por que uma boa ideia não é sinônimo de sucesso?

Permita-me contar um caso como base, um projeto interno que à princípio pareceu uma ótima ideia de software para o setor imobiliário, mais especificamente para os escritórios compartilhados.

Fizemos toda a lição de casa conforme a ideia surgiu em nossa mesa!

O analista levantou todos os requisitos, cenários, funções necessárias, etc. Disso saiu um escopo de projeto que foi debatido, refinado, desenhado até que o software tomou forma.

Era possível cadastrar imóveis, a quantidade de salas, determinar agendas para salas disponíveis, preços, pagamentos, amenidades… Um montão de recursos que não se via no mercado (talvez ainda nem exista um sistema com todos os recursos que criamos), mas cometemos um erro fatal.

Faltou o principal de tudo: Achar os clientes certos antes de fazer o sistema! Ou seja, não houve o escoamento do produto e sem vendas acabou engavetado, descontinuado e tecnologicamente obsoleto.

Se você tem uma grande ideia, coloque no papel primeiro, mas escreva bem no meio da folha e faça um círculo. Depois tente identificar todas as forças contrárias que podem penetrar e destruir o caminho do sucesso (garanto que haverá muitas dessas) e também tente achar as forças somatórias que podem te ajudar. Não pense que isso é uma tarefa fácil, pois a cada segundo que você se debruça sobre sua ideia, outra mente pode estar produzindo algo similar ou melhor antes de você.

Em resumo: Uma boa ideia só se transforma em sucesso quando ela vem com o amadurecimento no tempo certo, com o investimento certo, com as variáveis certas e a dose certa de sorte (esse é um aspecto muito importante).

Por outro lado, não significa que uma ideia que não se tornou sucesso seja um fracasso. Ideias podem apenas ser viáveis e se tornarem suficientes para se pagarem (o que nos dias de hoje já é um ótimo sinal).

Além disso, toda ideia, seja ela fracassada ou apenas viável, é uma forma de treinar a mente para a próxima tentativa. E se servir como motivação: “o trabalho árduo e a persistência sempre serão os alicerces da genialidade”.

Conte com bons profissionais para auxiliar nos aspectos que lhe falta o domínio e, acima de tudo, persista até o sucesso, seja com ou sem uma boa ideia.

Até a próxima.

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